MP.6126
Ivan Carlos Bueno, Posto Indígena Mangueirinha/PR, sem título, s.d.

Relato de
Elias Fernandes Cordeiro
Guarani





Transcrição em Português









Marina Obba: Essa foto a gente tinha escolhido. Porque mostrava essa estrutura lá de trás também. De exposição dos cestos para venda.

Elias Fernando Cordeiro:  É, dá para ver ali. Dá para ver ali que tem cestos.

Balaios pequenos ali. E dá para ver que tem uma estruturinha. Uma cobertura ali. E os balaios estão pendurados embaixo. Eu acho que eles estão ali vendendo esses artesanatos, para mim parece que é na beira de uma BR.

Porque é lá em Mangueirinha que eles fazem esse tipo de cobertura. Para estar expondo os artesanatos. Na beira das BR lá.

Para as pessoas, né? Passarem e parar para comprar. Daí a estrutura até serve para quando chove também. Para não estar molhando as cestas.

Os artesanatos que estão ali pendurados.

Brunno Douat:  E essa estrutura ficava no lugar? Você se lembra? Ou ela era montada? As pessoas levavam material para montar na BR? Na beira

da estrada? Ou quando chegava, construía na hora mesmo essa estrutura? Ou era uma coisa mais fixa? Como é que você se lembra de alguma questão assim?

Elias Fernando Cordeiro:  Não, ela era feita lá mesmo. Na BR lá. Levavam material lá. As madeiras. Fazia lá na beira da BR mesmo.

Cobria, fazia a estrutura lá, daí ali ficava fixa ela, porque não tinha como ela estar indo lá e montar depois desmontar. E no outro dia montar de novo. Então ali era fixa mesmo.

Eles montam lá, fazem ela bem caprichada lá, eles trabalham até hoje ainda, eles trabalham desse jeito, dessa maneira, com artesanato na beira da BR.

Tem as estruturas, todas as coberturas que eles mesmos fazem. Mas ela é fixa mesmo no lugar.


Tem algo a dizer sobre esta fotografia?
Envie seu relato.